terça-feira, 15 de novembro de 2016

Patriotismo - é possível?

Bom dia pessoal,

Não tem coisa melhor do que feriado no meio da semana, ainda mais quando nos aproximamos do final de ano, que costuma ser uma época bem estressante! 

Além de descansar, acho que esse é um bom momento para refletir sobre a importância de datas cívicas como a de hoje para a construção de um senso de identidade e patriotismo, que andam tão em falta no Brasil atual.

A inspiração para esse post veio de uma conversa que tive com meu pai, quando visitamos o Cemitério Nacional de Arlington, que fica no Estado da Virgínia, do ladinho de Washington/D.C. Nesse local, estão enterrados os heróis de guerra norte-americanos, todos aqueles que morreram em decorrência dos combates e guerras dos quais os EUA participaram.

Lápides de combatentes mortos 
Nesse cemitério estão cerca de quatrocentos mil pessoas enterradas. Além da quantidade, me impressionei com a atmosfera de solenidade e respeito que imperava no local.

Eu e meu pai chegamos à conclusão que homenagear aqueles que morreram em combate significa reforçar os ideais que constroem a ideia dos EUA enquanto superpotência, principalmente a liberdade, a democracia e o sonho americano de riqueza disponível para todos. 

Podemos concordar ou não com esses ideais, discutir se eles são verdadeiros ou não, refletir se o sonho americano realmente abarca todo mundo (eu acredito que não) e se essa glorificação da guerra não é uma forma de justificar o gasto crescente da indústria bélica, mas não podemos negar que o povo daquele país sente orgulho de ser norte-americano e de sua história.

E nós, brasileiros? Temos orgulho de pertencer ao nosso país? Que valores constroem nossa identidade enquanto nação?  Em tempos de Lava Jato, escândalos de corrupção diários, caos na saúde pública, mortes crescentes no trânsito, casos de racismo, violência contra a mulher, desmatamento da Floresta Amazônica, ainda dá para ser patriota? 

Olha, apesar de tudo que eu disse acima,  me atrevo a dizer que sim, é possível ser patriota. Mas para é isso é preciso decidir que país queremos construir e ter um projeto de Brasil viável, que pensa em um futuro construído a partir da sustentabilidade, da miscigenação racial e cultural, da flexibilidade e adaptação às mudanças, da biodiversidade, da afetividade, da hospitalidade, da inclusão!

Daniel Duende Carvalho | Flickr

Como defende Eduardo Gianetti, no livro Trópicos Utópicos, para construir o projeto do Brasil que queremos lá na frente, temos que reconhecer essas características que nos fazem um país tão especial e desafiador, e valorizá-las!

Penso que para ser patriota, é preciso conhecer nossa história, reconhecer nossos erros, aprender com os exemplos lá de fora, mas sem deixar de valorizar o que temos aqui dentro e, acima de tudo, trabalhar duro.

Há muito a ser construído, por isso cada um tem que fazer sua parte, seja estudante, empresário, dona de casa, político, servidor público, comerciante, membro de igreja, trabalhador, enfim cada um tem um papel a desempenhar. O caminho é por aí.

E você, acredita que ser patriota é possível?

Beijos,

Stefi

2 comentários:

  1. Com certeza, é possível ser patriota. Fazendo a nossa parte, e através do exercício diário, do que é correto e ético, podemos contribuir para um país melhor, do qual , todos possamos no orgulhar, no futuro.

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