sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz 2017!

Olá pessoal,

Hoje é o último dia do ano, tempo de refletir sobre o ano que se passou e planejar o novo ano que se inicia em poucas horas... 

De uma forma geral, nas conversas com amigos e parentes, tenho percebido que o grande desejo para 2017 é paz e sabedoria para aproveitar a vida da forma como ela é, apreciando a beleza de cada dia e sabendo expressar gratidão por tudo aquilo que já temos.

Uma das formas de exercitar essa gratidão por todos os bons momentos que vivenciamos no dia-a-dia e às vezes sequer percebemos é fazer um "pote da gratidão".

A ideia é muito simples - basta escrever, ao final de cada dia, um motivo pelo qual você se sentiu grato ou feliz naquele dia que se passou e colocar dentro de um pote ou jarro. Eu escolhi uma latinha de chá, fiz uma decoração "básica", e coloquei na tampa o lembrete de abrir no próximo dia 31/12, daqui a um ano!





Meu desejo para 2017 é agradecer por tudo que já tenho na minha vida, e acredito que esse "pote da gratidão" irá me auxiliar nessa tarefa!  Parece uma maneira simples de mudar a forma de encarar o que nos acontece, e aprender a ver beleza e aprendizado nas pequenas coisas!  

E você, também se animou a criar seu "pote da gratidão" em 2017?

Beijos da Stef

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Mente saudável, vida feliz!


Olá pessoal!

Hoje vou falar de um dos meus livros preferidos chamado "Pare de fazer drama e aproveite a vida - Como superar a ansiedade, o medo e a negatividade e assumir o controle de suas emoções", escrito pelo psicólogo espanhol Rafael Santandreu.

De acordo com o autor, o segredo para uma vida feliz é manter sua  mente saudável. Para isso, precisamos entender como são produzidas nossas emoções.

Geralmente, pensamos que nossas emoções são produzidas pelos acontecimentos da nossa vida, como por exemplo o término de um relacionamento ou dificuldades no trabalho, fatos que por serem negativos nos fazem nos sentir mal. 

Porém, para Santandreu, os acontecimentos em si não são negativos, pois pessoas na mesma situação sentem-se de maneira diferente, a partir da interpretação que fazem daquele fato. Assim, as emoções seriam produzidas pelos pensamentos negativos que produzimos a partir dos acontecimentos, e são esses pensamentos que produzem estados emocionais como ansiedade, depressão, etc. 

Dessa forma, a melhor maneira de manter a mente saudável é substituir pensamentos exageradamente negativos, que o autor denomina "crenças irracionais", pelos pensamentos racionais correspondentes.

E como fazer isso, você deve estar se perguntando?

O primeiro passo é identificar essas crenças irracionais, que são pensamentos exagerados, que não ajudam a resolver problemas e produzem mal-estar emocional. O autor apresentou a lista de alguns pensamentos irracionais mais comuns:

1. Preciso ter alguém ao meu lado que me ame, senão serei muito triste;
2. Tenho que ser alguém na vida, aproveitar bem meus talentos e virtudes senão vou me sentir um fracassado;
3. Não posso tolerar que as pessoas me menosprezem em público, devo sempre responder e defender minha imagem;
4. Devo ter um apartamento em meu nome, senão vou me sentir um grande derrotado;
5. Ter uma boa saúde é fundamental para ser feliz, o mais desejável é viver muitos anos, quanto mais melhor;
6. Tenho que ajudar meus familiares, minha ajuda é fundamental para a felicidade deles;
7. Se meu companheiro me trai, não posso continuar com essa relação. A infidelidade é uma coisa terrível.
8. Preciso ter uma vida emocionante, caso contrário minha vida será uma chatice e portanto, desperdiçada;
9. Mais é sempre melhor, o progresso é sempre bom;
10. A solidão é muito ruim, os seres humanos precisam ter alguém por perto senão se tornam infelizes.

Essas crenças são exageradas porque representam meras preferências, ou seja, não são condições essenciais para a felicidade. Em última instância, precisamos de muito pouco para nos sentirmos bem - ter abrigo, alimento e segurança.

Identificadas as crenças exageradas, o próximo passo é combatê-las, a partir de três desafios - existem pessoas na mesma situação que estão felizes? Mesmo com esse problema, posso fazer coisas boas para mim mesmo e para outras pessoas? E, por fim, o que será desse problema daqui a 100 anos?

Por fim, devemos substituir o pensamento irracional pelo seu correspondente racional e equilibrado, que nos permite avaliar de forma realista o impacto desse acontecimento e/ou desejo nas nossas vidas.

Por exemplo, acho que toda mulher já se sentiu triste por não conseguir perder aqueles quilinhos a mais. Me parece que a crença irracional por trás desse desejo de emagrecer é a de que só poderei ser feliz se for magra. Mas será que isso é verdade?

Existem pessoas acima do peso que se sentem bem? Com certeza, sim. Mesmo acima do peso, posso fazer coisas boas e interessantes com a minha vida, como viajar, desenvolver hobbies, ajudar os outros? Sim. O que será desse problema daqui a 100 anos? Nada.

O método do autor pode parecer radical, mas a ideia é combater o nosso diálogo interno negativo, que produz emoções ruins e nos impede de aproveitar a vida com toda a plenitude. Me parece um desafio e tanto, não é? Mas cada vez mais me convenço que mudar a nossa maneira de pensar é a última fronteira para alcançar a verdadeira satisfação com a vida.

E você, leitor?  O que pensa dessas ideias?

Beijos da Stefi

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Patriotismo - é possível?

Bom dia pessoal,

Não tem coisa melhor do que feriado no meio da semana, ainda mais quando nos aproximamos do final de ano, que costuma ser uma época bem estressante! 

Além de descansar, acho que esse é um bom momento para refletir sobre a importância de datas cívicas como a de hoje para a construção de um senso de identidade e patriotismo, que andam tão em falta no Brasil atual.

A inspiração para esse post veio de uma conversa que tive com meu pai, quando visitamos o Cemitério Nacional de Arlington, que fica no Estado da Virgínia, do ladinho de Washington/D.C. Nesse local, estão enterrados os heróis de guerra norte-americanos, todos aqueles que morreram em decorrência dos combates e guerras dos quais os EUA participaram.

Lápides de combatentes mortos 
Nesse cemitério estão cerca de quatrocentos mil pessoas enterradas. Além da quantidade, me impressionei com a atmosfera de solenidade e respeito que imperava no local.

Eu e meu pai chegamos à conclusão que homenagear aqueles que morreram em combate significa reforçar os ideais que constroem a ideia dos EUA enquanto superpotência, principalmente a liberdade, a democracia e o sonho americano de riqueza disponível para todos. 

Podemos concordar ou não com esses ideais, discutir se eles são verdadeiros ou não, refletir se o sonho americano realmente abarca todo mundo (eu acredito que não) e se essa glorificação da guerra não é uma forma de justificar o gasto crescente da indústria bélica, mas não podemos negar que o povo daquele país sente orgulho de ser norte-americano e de sua história.

E nós, brasileiros? Temos orgulho de pertencer ao nosso país? Que valores constroem nossa identidade enquanto nação?  Em tempos de Lava Jato, escândalos de corrupção diários, caos na saúde pública, mortes crescentes no trânsito, casos de racismo, violência contra a mulher, desmatamento da Floresta Amazônica, ainda dá para ser patriota? 

Olha, apesar de tudo que eu disse acima,  me atrevo a dizer que sim, é possível ser patriota. Mas para é isso é preciso decidir que país queremos construir e ter um projeto de Brasil viável, que pensa em um futuro construído a partir da sustentabilidade, da miscigenação racial e cultural, da flexibilidade e adaptação às mudanças, da biodiversidade, da afetividade, da hospitalidade, da inclusão!

Daniel Duende Carvalho | Flickr

Como defende Eduardo Gianetti, no livro Trópicos Utópicos, para construir o projeto do Brasil que queremos lá na frente, temos que reconhecer essas características que nos fazem um país tão especial e desafiador, e valorizá-las!

Penso que para ser patriota, é preciso conhecer nossa história, reconhecer nossos erros, aprender com os exemplos lá de fora, mas sem deixar de valorizar o que temos aqui dentro e, acima de tudo, trabalhar duro.

Há muito a ser construído, por isso cada um tem que fazer sua parte, seja estudante, empresário, dona de casa, político, servidor público, comerciante, membro de igreja, trabalhador, enfim cada um tem um papel a desempenhar. O caminho é por aí.

E você, acredita que ser patriota é possível?

Beijos,

Stefi

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Vamos nos conectar?

Olá pessoal!

Esses dias estava de bobeira em casa e resolvi assistir ao filme Os desconectados, disponível no Netflix, alguém já viu?

É um filme norte-americano lançado em 2013, que aborda os efeitos negativos da comunicação impessoal por meio da Internet e dos aplicativos nas relações familiares, amorosas e sociais. 

O filme conta três histórias que correm paralelamente: a de uma família desestruturada que sofre os efeitos de um ato desesperado cometido pelo seu filho adolescente em razão da divulgação de uma foto íntima por seus colegas de escola; um casal que sofre o luto pela perda do filho bebê e para suportá-lo, passa a frequentar salas de bate-papo e jogos online, e acaba sofrendo um golpe financeiro; e uma repórter que, em busca de fama, acaba se envolvendo com um adolescente que ganha a vida com vídeos eróticos online. 

O filme é pesado, um pouco na linha do filme Traffic, dirigido por Steven Soderbergh, que mostra como a questão das drogas destrói vários relacionamentos. Faz refletir como a comunicação entre as pessoas nos dias atuais, embora seja tão veloz, seja tão difícil. 

No início do filme, o que mais se vê nas cenas são os personagens com o rosto iluminado pela luz das telas do celular, do tablet, do notebook, totalmente isolados do que está ocorrendo naquele momento à sua volta, seja na mesa de jantar com a família ou durante o almoço no refeitório da escola. 

A tecnologia é paradoxal, pois nunca estivemos tão conectados e ao mesmo tempo tão isolados das pessoas que fazem parte da nossa vida... Acho que todo mundo já saiu para almoçar ou jantar em um restaurante e percebeu um casal que não conversa enquanto espera pelo prato pois prefere teclar no celular, ou uma família que se senta na mesma mesa e conversa com mil pessoas, menos aquelas sentadas à sua frente!

Estamos tão viciados em informação rápida, memes, checkins, curtidas e selfies, que não sabemos mais simplesmente relaxar, aproveitar o momento e simplesmente conversar com as pessoas que nos rodeiam, nossa família, nossos amigos, nossos amores...  Porque conversar ao vivo envolve lidar com o olhar da outra pessoa e suas emoções, e nossas próprias reações a esse contato, não é mesmo?

Achei essa charge genial, retirada do site tugentelatina.com
Dá trabalho conversar de verdade, se interessar genuinamente pelo outro e escutá-lo! Mas me parece, pelo que o  filme expõe de forma tão realista, que isso nunca foi tão necessário nos dias de hoje...

Por isso, vamos nos desafiar? Da próxima vez que sentarmos com alguém, para almoçar ou tomar um café, vamos deixar o celular no silencioso ou dentro da bolsa? Depois me conte como foi!

Beijos!

Stefi

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo o que eu queria fazer...

Olá pessoal!

Minha leitura de férias foi o primeiro livro da Shonda Rhimes, intitulado O ano em que disse Sim - Como dançar, ficar ao sol e ser sua própria pessoa. A Shonda é americana e autora de séries de muito sucesso da televisão norte-americana - Grey´s Anatomy, Scandal, How to get away with murder, todas disponíveis no Netflix.



Apesar de ser extremamente bem sucedida, ter três filhos e uma carreira de sucesso, a autora não se sentia feliz com a vida que estava levando, até que uma frase dita pela sua irmã mais velha a fez despertar para a necessidade de enfrentar seus medos e viver de uma forma diferente. 

Durante um ano, a autora se desafiou a dizer SIM para tudo aquilo que considerava difícil ou intimidante. Nessa jornada, ela aceitou dar um discurso em uma cerimônia de formatura na sua faculdade. foi entrevistada por um talk show, aprendeu a aceitar elogios, se desfez de amizades tóxicas, recusou uma proposta de casamento, passou a cuidar da sua saúde e perdeu 57 quilos!

Uma das partes mais impactantes para mim foi quando, ao final da sua jornada, a autora concluiu que o segredo da felicidade é parar de querer seguir o caminho dos outros, aquilo que supostamente deveríamos estar fazendo para agradar a imagem que os outros tem de nós ou que muitas vezes nós temos de nós mesmos...

Ao invés disso, para ser feliz é preciso realmente fazer aquilo que queremos fazer, da forma como queremos. Em outras palavras, não existem regras para a felicidade, pois cada um tem seu próprio jeito de ser feliz! Simples, não?

Essa reflexão casa exatamente com aquilo que resolvi fazer nesse ano de 2016 - desengavetar velhas vontades e simplesmente viver um dia de cada vez! 

Nesse caminho, fiz muita coisa bacana. algumas podem até ser consideradas meio bobas pela maioria das pessoas, mas me trouxeram muita felicidade e várias delas foram tema de posts aqui do blog. 

Nesse ano, eu me permiti...



2) Iniciar o estudo de um idioma novo (holandês);

3) Viajar para um lugar novo (Manaus);

4) Deixar os outros organizarem uma festinha de aniversário para mim, ao invés de correr na frente e organizar tudo sozinha;


6) Aceitar um desafio no trabalho com tranquilidade (mediar um painel numa conferência);

7) Assistir a duas apresentações da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Cláudio Santoro;

8) Pedalar no Eixão (moro oito anos em Brasília e essa foi a primeira vez).

E você, o que se permitiu fazer esse ano? Me conte nos comentários!

Beijos!

terça-feira, 25 de outubro de 2016

7 dicas para economizar em Nova York

Olá pessoal,

Como ninguém é de ferro, tirei uns dias de férias no início de outubro e fui para a "Big Apple"! Existe um famoso o ditado que diz que "quem converte, não se diverte", mas acho que economizar em algumas coisas vale a pena para poder aproveitar ainda mais a cidade!

1. No restaurante, para economizar e cortar umas calorias, peça sempre "tap water", a água de torneira de Nova Iorque é limpíssima e super saudável, e servida de graça em todos os restaurantes! 
Pesquisei um pouco sobre a política de conservação hídrica da cidade e descobri que a cidade bebe água proveniente das montanhas Catskill. Ao invés de investir na despoluição da água, Nova York preferiu investir na conservação das nascentes, iniciativa bastante elogiada no mundo todo. Para saber mais, é só conferir - "Nova York, a metrópole com água mais pura do planeta."

2. Se não gostar de metrô ou de andar muito a pé, pegue os famosos táxis amarelinhos, que geralmente saem mais em conta do que chamar pelo Uber! A diferença acontece porque o aplicativo calcula o preço a partir da demanda por corridas que está ocorrendo no momento em que você chama o carro.



3. Não tenha vergonha de pagar "social fee" nos museus que adotam essa política, como o Museu de História Natural e o Metropolitan Museum. Nós pagamos 20 dólares para entrar no MET para 4 pessoas, mas a verdade é que você pode pagar o quanto quiser! No caso do MOMA, o jeito é ir no dia de entrada gratuita, às sextas-feiras, de 16:00 até 20:00h.

Museu de História Natural 
4. Faça alguns programas "low cost", como caminhar no Central Park, ou no parque Carl Schulz, à beira do East River, bem pertinho para quem está no Upper East Side!

Parque Carl Schulz - à beira do rio!

5. No restaurante, procure saber o tamanho das porções para evitar pedir comida demais! Por exemplo, no Chipotle Mexican Grill,  que é uma espécie de "fast food" de comida mexicana, basta pedir um "bowl", que é um prato de comida com arroz, feijão, carne, guacamole, "sour cream" e queijo,  para duas pessoas não muito famintas!

6. Se for fazer compras nos famosos outlets, como o Jersey Mill Gardens, não deixe de pegar o guia de descontos que oferecem logo na entrada do shopping! Se você não apresentar o livrinho na hora da compra, vai depender da boa vontade do caixa em conceder o desconto no valor final da compra! Fiz compras na loja Ann Taylor e quase perdi o desconto de 15% por causa disso!

7. Compre ingressos para os shows da Broadway nos pontos de venda da TKTS, os descontos chegam a até 50% para shows que acontecem na mesma noite ou na tarde do dia seguinte! A TKTS tem três pontos de venda - na Times Square, no South Street Seaport e no Brooklyn. Conseguimos assistir "Phantom of the Opera" e "Chicago" por metade do preço!

Teatro Majestic - Phantom of the Opera
Gostaram das dicas? Já conhecem Nova York ou está nos planos?

Beijos!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Meditar, por quê não?

Olá pessoal!

Em 09 de abril de 2016, dediquei um post para falar sobre a meditação da atenção plena, quem lembra?  Naquela ocasião, falei sobre alguns estudos científicos realizados na Holanda e nos Estados Unidos que demonstravam que a prática auxiliava o tratamento de diferentes problemas de saúde e indiquei alguns cursos, como o da Sociedade Vipassana aqui em Brasília.




Há quinze dias tive a oportunidade de participar do Curso de Meditação para Iniciantes oferecido pela Sociedade Vipassana, com duração de nove horas, dividido em três encontros (sexta à noite, sábado e domingo pela manhã). A experiência foi muito enriquecedora!

Logo no início, me surpreendi com a quantidade de pessoas interessadas em aprender sobre meditação, a sala estava cheia, com mais de cem alunos, em plena sexta-feira à noite! E a aula começou pontualmente às 19:30 h, o que é raro de se ver em Brasília!

De cara, nosso instrutor começou desfazendo alguns mitos sobre a prática da meditação: ao contrário do que muita gente pensa, e eu mesma falei aqui no blog, meditar não quer dizer parar de pensar ou controlar nossos pensamentos!

Na essência, meditar é treinar sua mente para direcionar sua atenção de forma intencional para coisas neutras ou positivas, ao invés de coisas negativas. Dessa forma, você reduz o seu sofrimento e conseqüentemente, experimenta maior felicidade...

E  por quê isso acontece? Porque a nossa realidade é moldada a partir da nossa experiência, ou por aquilo que escolhemos colocar a atenção. Acho que todo mundo já esteve em algum lugar maravilhoso que não curtiu muito porque estava chateado com alguma coisa ou com alguém, e deixou de apreciar o momento!

Para aprender a focar nossa atenção, temos que treinar a mente, assim como quem vai para a academia cuidar do corpo. Esse treino passa por quatro etapas: primeiro, prestar atenção na respiração; depois focar nas partes do corpo; observar os estados mentais e por fim, os pensamentos. A ideia é começar com dez minutos diários e evoluir aos poucos, sem se cobrar.

Meu primeiro desafio foi conseguir manter a postura ereta durante os vinte e cinco minutos das práticas que realizamos no curso, e me concentrar na respiração, sem pensar na dorzinha nas costas que teimava em me incomodar! rs

Ufa! Sobrevivi à primeira lição!

Ao final dos três dias, fiquei muito feliz porque me desafiei a fazer algo novo, e me senti muito bem, com a cabeça relaxada e revigorada!  Agora é inserir esse hábito na rotina, estou animada!

E você, ficou com vontade de praticar meditação também?

Beijos
                                                                                       

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Comer para viver ou viver para comer?

Bom dia!

Não sei o que você acha, mas pra mim hoje em dia não há nada mais revolucionário do que se permitir comer um pão com manteiga e café com leite pela manhã, comer um chocolate depois do almoço e jantar uma massa! 


Brincadeiras à parte, quando foi a última vez que você saiu para comer com seus amigos e amigas e o assunto low carb, no gluten, lacfree não foi mencionado? Difícil né!  

Antes que eu seja apedrejada em praça pública, não ignoro o fato de que muitas pessoas possuem intolerância e alergia a certos alimentos e que, por isso, reduzir ou retirar certos componentes da dieta melhora o funcionamento do organismo e, por consequência, aumenta a saúde. 

Na atualidade, com a evolução do conhecimento nutricional, as empresas passaram a investir em produtos para o público com restrições alimentares, que hoje possui à sua disposição uma infinidade de produtos sem glúten ou lactose. Ou seja, hoje os supermercados e os restaurantes são muito mais inclusivos, o que é muito positivo.

Porém, o que me preocupa é que muitas vezes as pessoas usam esse conhecimento de forma negativa, eliminando e "demonizando" certos alimentos mesmo sem ter qualquer intolerância ou alergia, e tornando o simples ato de comer algo muito complicado e proibitivo. Nesse ponto, penso que esse é um problema que acomete as mulheres muito mais do que os homens...

Comer de forma saudável é importante, mas a dieta não deve ser o único assunto das nossas vidas, e nem eventual insatisfação com nossa imagem no espelho pode diminuir todas as outras qualidades que possuímos, ou nos impedir de fazer certos programas, encontrar certas pessoas, vestir certas roupas... (Eu já fiz isso, e você?)

Focar em apenas um determinado aspecto da vida com tanto rigor - alimentação e forma física - não contribui para a felicidade de ninguém! A cada dia estou convencida de que a felicidade decorre do equilíbrio, em que há espaço para cuidar de cada aspecto da vida - corpo, trabalho, relacionamentos, espírito, família, amizades, etc. - sem supervalorizar uma faceta nem negligenciar as demais...

A comida deve nutrir o corpo e a alma também! Comer é mais do que contabilizar calorias, analisar percentual de proteínas e gorduras, cortar carboidratos, eliminar lactose. É partilhar bons momentos ao redor de uma mesa com família e amigos, conhecer a cultura de um lugar novo durante uma viagem, comemorar uma ocasião especial, celebrar a vida! Nāo devemos nos preocupar tanto com o que comemos a ponto de deixar aproveitar os bons momentos que a vida nos oferece!

Devemos nos cuidar sim, mas sem tanta neura, sem fiscalizar o prato alheio, e nos permitindo de vez em quando aqueles pecadinhos gastronômicos que dão tanto prazer! Eu prefiro comer para viver, e não viver para comer, e você?

Beijos!

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Como pensar o mundo a partir de uma perspectiva diferente - aprenda um idioma novo!

Olá pessoal!

Ultimamente tenho me dedicado a aprender um novo idioma - o holandês! Depois de muitos anos escutando meus avós, minha mãe, meus tios e primos falando, finalmente resolvi aprender!

Moinho de vento na região da Frísia - Holanda

Dizem que depois de aprender o primeiro idioma estrangeiro, fica mais fácil aprender os próximos.. No meu caso, saber inglês por enquanto tem me ajudado bastante a confundir a pronúncia e a escrita das palavras... rs

O mais interessante é perceber como certos traços culturais se revelam através da língua. Os holandeses têm  a fama de ser um povo bastante "pão-duro", o que talvez possa ser explicado pelas dificuldades enfrentadas com escassez de comida durante a II Guerra Mundial. Qual não foi a surpresa, durante uma das minhas primeiras lições do idioma batavo, descobrir que ao invés de perguntar "Quanto custa isto?", os holandeses perguntam "Hoe duur is dat?", que equivale a "Quão caro é isso?"? Seria mais ou menos como usar a frase, em inglês, "How expensive is it?" e não o neutro "How much is it?"

Outra coisa muito legal é aprender a consultar o relógio e dizer as horas em holandês. Você deve estar pensando - já sei, basta aprender os números e dizer as horas, não é? Nada disso, na Holanda para saber se você está atrasado ou não para algum compromisso, tem que ser bom em matemática!

Explico - os holandeses não leem o relógio, eles fazem cálculos de quanto tempo falta para completar a hora seguinte: assim, por exemplo, 09:30h da manhã não se diz nove e meia, e sim meia hora para dez! Parece fácil, mas pense que você precisa lembrar dos números em outro idioma e lembrar que se está falando sempre da hora seguinte! Senão você corre o risco de achar que half tien é dez e meia, não nove e meia!

Algumas coisas lembram o alemão, como juntar palavras já conhecidas para formar um novo conceito. assim por exemplo polvo é o peixe que solta tinta = inktvis; a batata é a maçã da terra = artappel, e assim por diante...

O grande desafio, ao se propor a aprender um novo idioma, é juntar cada pedacinho de informação nova e montar um quebra-cabeça de como aquela língua funciona na prática. Pra isso, é preciso vencer a vergonha de falar errado, de soar ridículo em outro idioma, de misturar as palavras, e praticar!

Eu ainda estou muito no começo, então ainda não me aventurei a praticar com meus parentes que falam holandês! Mas eu chego lá!

Para quem se interessou sobre o idioma, existe muito material interessante na rede para ajudar qualquer autodidata a se aventurar no holandês! Indico o site Dutch Grammar  para quem quiser aprender gramática e o site Future Learn, que oferece cursos online gratuitos sobre uma infinidade de assuntos, inclusive holandês! 

E  para deixar um gostinho de quero mais, o vídeo abaixo ensina a contar de 1 a 100 em holandês, de um jeito bem divertido!

Tot ziens!!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro - programa imperdível!

Olá pessoal!

No início desse mês (03/09), tive a oportunidade de prestigiar o II Iate in Concert, realizado pelo Iate Clube de Brasília, que organizou um belíssimo evento beneficente para proporcionar música clássica ao público da cidade!

À beira do Lago Paranoá, num entardecer, foi a primeira vez que assisti a uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (OSTNCS), e fiquei encantada com a qualidade dos músicos e com a simpatia do maestro Cláudio Cohen, que sempre explicava um pouco de cada peça antes da execução.

Palco montado para o evento e o público prestigiando a orquestra

O programa foi bastante acessível, iniciando com músicas famosas do cinema, como a trilha sonora de Star wars, Missão Impossível e Piratas do Caribe, passando pelos musicais da Broadway, com canções do Fantasma da Ópera e Les Miserables, lindamente interpretadas pelo tenor Jean Nardoto e pela soprano Della Henry, e por fim temas clássicos como o Bolero de Ravel  e a Abertura 1812 de Tchaikovsky...

Mas o que me arrebatou mesmo foi a ária Nessun Dorma, da obra de Giacomo Puccini, conhecidíssima na interpretação de Luciano Pavarotti. É impressionante como a música desperta emoções! Nessa hora a platéia toda aplaudiu de pé!

Além de proporcionar um espetáculo de excelente qualidade, o evento arrecadou mais de seis toneladas de alimentos, que serão destinadas a programas sociais do Distrito Federal.

A Orquestra Sinfônica foi fundada em 1979 pelo maestro Cláudio Santoro e tradicionalmente se apresentava no Teatro Nacional, espaço que está fechado para reformas desde 2014. Atualmente, a orquestra pode ser apreciada gratuitamente todas as terças-feiras, em locais variados da cidade. Para saber a programação, a dica é pesquisar no sítio da Agência Brasília

Hoje à noite a Orquestra se apresenta no Teatro dos Bancários, que fica na 314/315 Sul, a partir das 20:00h. O programa da noite será uma homenagem a compositores alemães, como Beethoven e Bach! Quem se animar, é só retirar os ingressos na bilheteria do teatro a partir de 13:00h. Vamos lá?

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Porque nunca é tarde para recomeçar...

Olá!
Nossa, como esse ano passou rápido! Tantas mudanças e turbulências na vida política e econômica desse país que parece que não tivemos tempo nem para respirar! Você também se sente assim?

Comecei esse projeto em janeiro desse ano, com a proposta de me dedicar a outros interesses, além do lado profissional (relembre meu primeiro post aqui); no meio do caminho pensei em tratar sobre política e direito em outro espaço (Blog Brasil para principiantes), projeto que não levei à frente, e agora estou de volta ao nosso "Expresso com Chantilly"...

Esse retorno foi inspirado por um blogueiro que descobri esses dias, chamado Matheus de Souza, que escreve sobre empreendedorismo, marketing digital, criatividade e produtividade, e tem uma startup digital em Santa Catarina. Num dos posts do blog, ele fala sobre como é fácil se acomodar e desistir de fazer certas coisas que nos trazem felicidade ou perseguir certos sonhos pelo simples medo do fracasso. E de como o mundo moderno trouxe uma infinidade de recursos através da Internet, aplicativos, redes sociais, que circulam conhecimentos numa velocidade espantosa e permitem a qualquer pessoa tentar qualquer coisa, desde que tenha interesse!

Quer um exemplo básico? Por exemplo, digamos que você nunca cozinhou na vida e resolve fazer um strognoff de frango. É só buscar na internet uma receita, conferir os ingredientes, ver as dicas das pessoas que já testaram a receita nos comentários e voilá, tá pronto o almoço! Já pode se sentir um "super chef"!! rs

Mas me parece que o excesso de informações, tutoriais e dicas, ao invés de auxiliar, muitas vezes se torna paralisante! E, ao invés de ajudar, trava, pois como saber se estou fazendo aquela receita, aquele projeto, aquela viagem, da melhor forma possível? E aí a gente para e deixa ideias maravilhosas irem minguando aos poucos, um pouco do que aconteceu com esse espaço aqui...

Aí me parece que o ideal é resgatar o motivo original pelo qual você se propôs a fazer aquele projeto e continuar, independente de mil receitas de sucesso que existam por aí, pois cada caminho e cada pessoa são únicos, não é mesmo? 

Por isso resolvi voltar, embora o blog seja bastante aleatório e não tenha um escopo definido, como ditam as melhores estratégias de marketing digital, tenho certeza que colocar as ideias que tenho na cabeça no papel vale a pena, pois resgata um hábito antigo que tenho desde pequena, escrever, escrever, escrever! Quem me conhece, sabe que estou falando a verdade! Sempre adorei escrever diários, cartas, cartões de natal, até chegava a pesquisar dizeres para fazer uma mensagem única e especial para a pessoa presenteada.. 

Agora, se isso vai ter algum objetivo, vai virar um livro ou filme, não importa, pois muitas vezes o principal motivador de uma decisão deve ser a resposta à uma única pergunta: isso vai te fazer mais feliz? Penso que de tudo o que falei, nesse mar de informações e escolhas em que vivemos hoje, esse critério pode ajudar a separar aquilo que vale a pena do que não faz mais tanto sentido assim...

Espero que você continue me acompanhando nessa retomada! Bj

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Um convite

Boa noite!

Você deve ter reparado que ando meio ausente do "Espresso com Chantilly", mas foi por um bom motivo!

Em tempos conturbados na política do nosso país, senti necessidade de abordar temas que estão pulsando no noticiário atual e que trazem muitas dúvidas para quem não está familiarizado com os termos técnicos do direito, economia, política, como por exemplo o processo de impeachment, delação premiada, acordo de leniência, pedaladas fiscais... ufa!

Tanta coisa ocorrendo e como me posicionar se sequer tenho informação sobre tudo isso? 

Esses temas não cabiam na proposta inicial do "Espresso com Chantilly", que busca discutir diferentes formas de incluir o bem-estar no dia-a-dia, viver bem o hoje!

Por isso resolvi criar um novo espaço, na plataforma Wordpress, "Brasil para principiantes - Para você que concorda com Jobim e cansou de ser principiante em termos de Brasil". 

A ideia é esmiuçar, em uma linguagem simples e acessível, temas complicados da política e do direito! 

Convido você a me acompanhar nessa jornada! O primeiro post já está no ar no "Brasil para principiantes", depois quero saber saber o que você achou, ok?


Stefi

sábado, 23 de abril de 2016

Daniel Briand - Le café plus parisien à Brasília!

Olá pessoal!

Hoje vou falar do Daniel Briand, o café mais charmoso de Brasília que te transporta diretamente para Paris! Aberto em 1995, o café fica na 104 norte, de frente para uma área verde, com mesinhas delicadamente decoradas com vasinhos de astromélias e árvores iluminadas ao anoitecer.

Um dos meus pedidos favoritos nesse café é uma deliciosa fatia de Torta Opera acompanhada por um espresso adoçado com chantilly! Para quem ainda não conhece, a torta Opera é um clássico da patisserie francesa, criada em meados dos anos 50. Composta por finas camadas feitas de biscoitos Joconde embebidos em calda de café, de creme de manteiga e de ganache de chocolate, a torta possui um equilíbrio de sabores, doce na medida certa, como manda a tradição francesa...


A paternidade da iguaria é disputada por dois expoentes da confeitaria francesa. Há quem diga que o doce foi criado em 1955 por Cyriaque Gavillon, proprietário da famosa Dalloyau, uma das confeitarias mais tradicionais da França. Outros alegam que seu criador seria o renomado chef Gaston Lenotre, que a teria inventado em 1960. 

De acordo com o blog FranceFeel, as explicações para o nome da torta também variam. As cores seriam uma homenagem à luxuosa Opera Garnier em Paris; ou ainda cada camada representaria um dos atos de um espetáculo de ópera.  

Independente da origem, o que importa é que o doce é delicioso e companheiro ideal de uma xícara de café, para adoçar uma tarde preguiçosa em Brasília! 

O Daniel Briand também possui inúmeras opções para os amantes da culinária francesa, como croissants, quiches, macarons...  Além do esmero no preparo, o que mais me encanta no lugar é a atmosfera francesa! E vocês, queridos leitores, já conhecem o lugar?

Beijos!

sábado, 16 de abril de 2016

Goiás Velho - para quem gosta de história e poesia!

Olá pessoal,

Hoje vou falar de umas das jóias do cerrado que tive a oportunidade de conhecer morando aqui em Brasília - a charmosa cidade de Goiás Velho, localizada a cerca de 320 km da capital federal! 

A cidade, que possuía o status de capital do Estado de Goiás até meados dos anos 30, foi declarada pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural Mundial no ano de 2001, graças à sua arquitetura barroca preservada e às tradições culturais seculares, como a Procissão do Fogaréu, que ocorre há mais de duzentos anos na Semana Santa. 

Além da história preservada, a cidade de Goiás Velho encontra-se num belíssimo vale, rodeada por morros e pela Serra Dourada, além de ser cortada  por vários rios, com destaque para o Rio Vermelho, afluente do Rio Araguaia, que passa ao lado da casa da famosa poetisa Cora Coralina, que foi uma das habitantes mais ilustres de Goiás Velho.

Rio Vermelho

Para quem gosta de história, passear pelas ruelas da cidade, prestar atenção nas fachadas e visitar os museus é um programa imperdível! Recomendo visitar o Museu de Arte Sacra, localizado na Igreja da Boa Morte, e o Palácio Conde dos Arcos, antiga sede do governo estadual.

Palácio Conde dos Arcos

As igrejas são um capítulo à parte, com destaque para a imponente Igreja do Rosário, localizada ao lado do antigo Fórum da Cidade, cuja torre se destaca na paisagem da cidade. A vista é particularmente bonita da sacada do hotel Casa da Ponte, que fica a poucos passos do centro histórico!

Casa da Cora Coralina e Igreja do Rosário ao fundo

A visita à Casa da Cora Coralina impressiona pela simplicidade dos aposentos e pela vida fantástica vivida pela poetisa, que apesar de suas dificuldades econômicas e familiares, nunca deixou de se impressionar com a beleza do seu próprio cotidiano! O que mais me tocou foi o fato de o primeiro livro de Cora Coralina - Poemas dos becos de Goiás e Estórias Mais -  ter sido publicado em 1965, quando ela já contava com 76 anos de idade! Até sua morte, aos 95 anos de idade, Cora publicou nove livros!

A culinária regional também é um capítulo à parte, bastante simples mas saborosa. Uma boa pedida é conhecer o famoso empadão goiano, que mistura frango, linguiça, milho, pequi (fruta típica do cerrado), guariroba (uma espécie de palmito) e queijo. Para finalizar, doces de frutas cristalizadas, que você encontra em várias banquinhas no centro histórico!

Goiás Velho é um destino a ser saboreado sem pressa, sempre com olhos bem abertos para a beleza que existe na simplicidade e no recomeçar!

Beijos!

"Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre. 
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. 
Recomeça. "

Trecho do poema "Aninha e suas pedras" - Cora Coralina

sábado, 9 de abril de 2016

Meditação da atenção plena (mindfulness)

Olá pessoal!

Hoje vou me aventurar a falar de um assunto muito em voga atualmente - a meditação da atenção plena ou mindfulness - uma técnica de meditação voltada a aumentar a percepção da respiração e das sensações corporais, controlar o fluxo dos pensamentos e focar no presente.



A técnica auxilia na redução do stress e da ansiedade, aumenta a paz de espírito e ajuda no combate a doenças. Estudos científicos  realizados na Holanda e nos Estados Unidos demonstram que a prática contribui positivamente no tratamento de doenças dermatológicas como a psoríase, diminui a compulsão alimentar e melhora a memória de praticantes idosos!

E como inserir essa prática no dia-a-dia? A meditação não exige nenhuma roupa ou posição específicas, nem horas dedicadas à prática em um local inalcançável. A proposta é simplesmente fechar os olhos, prestar atenção na respiração e nas sensações de cada parte do corpo, e esvaziar a mente. É impressionante como é difícil controlar nossos pensamentos! No início, até o fato de estar tentando controlar a respiração leva a diversos pensamentos!

De fato, estamos acostumados a viver sempre com a cabeça naquilo que já aconteceu (passado) ou antecipando coisas que ainda irão acontecer (futuro), e raramente focamos nossa atenção e energia no agora. Esse constante ir e vir da mente desperdiça energia e impede que aproveitemos o presente! Já falei um pouco sobre esse assunto aqui no blog, no post Vivendo no presente.

Ao dedicar poucos minutos por dia à prática da meditação, aprendemos a direcionar nossos pensamentos para o momento presente e ganhamos tranquilidade e serenidade para enfrentar os desafios do cotidiano. 

Já existem vários aplicativos para quem deseja iniciar a prática da meditação de uma forma bem despretensiosa; um deles é o Headspace, que é gratuito e propõe um programa de dez práticas diárias para começar! Eu já testei e é incrível como parar para respirar e esvaziar a mente traz benefícios imediatos, logo na primeira tentativa!

Em Brasília, existem várias entidades que oferecem cursos para iniciantes na prática da meditação, como a Sociedade Vipassana, que oferece um treinamento em meditação da atenção plena, e a Sociedade Brahma Kumaris!

E, vocês queridos leitores, já tiveram alguma experiência com a meditação? Que práticas utilizam para manter a mente mais serena no dia-a-dia?

Beijos!

sábado, 2 de abril de 2016

Sebinho - Roda da Leitura

Olá pessoal,

Hoje vou falar de um espaço cultural muito legal aqui em Brasília - o Sebinho, que fica na SCLN 406, Bloco C, loja 44 - que é um misto de livraria, café e restaurante, com vários eventos culturais, como lançamentos de livros e palestras!

Uma das iniciativas bacanas do lugar é a Roda da Leitura, um grupo de leitura que existe há dez anos e reúne interessados em leitura para discutir, mensalmente, livros previamente selecionados. Esse ano, foram escolhidos dez livros, que buscam aprofundar os conhecimentos sobre a temática árabe e judaica!

Confesso que me senti um pouco intimidada ao ver a lista de leitura, pois simplesmente não conhecia nenhum dos autores indicados... Mas me desafiei a participar da primeira reunião realizada no dia 19/03 e me senti muito bem acolhida pelos participantes do grupo, de variadas idades e profissões, todos com diferentes percepções e interpretações sobre a primeira obra escolhida para leitura.

O primeiro livro debatido foi o "Exodus", de Leon Uris, um clássico de 1958 que retrata o sofrimento suportado pelo povo judaico na sua luta para criação do Estado de Israel na Palestina. Foi uma leitura muito interessante aprender um pouco sobre o contexto histórico em que se deu a criação do estado israelense em 1948.

O que me atraiu nesse grupo foi o desafio de ler, em um ano, dez livros escritos por autores de países diferentes e sobre uma temática tão rica e tão desconhecida, que é a história dos povos judeus e árabes! Também gostei da ideia de me aprofundar sobre temas que volta e meia aparecem na mídia, como o conflito do Oriente Médio e a questão dos refugiados, a partir de diversos pontos de vista, além de ter a oportunidade de conhecer novas pessoas!

Em tempos tão complexos, se desafiar a ler e refletir, buscar saber mais sobre as grandes questões que afligem nosso mundo, é um grande desafio!

Pra quem mora em Brasília e se sentiu com vontade de participar, segue abaixo a lista de livros que serão discutidos esse ano!

Beijos!

Lista de livros - 2016

sábado, 26 de março de 2016

O poder da gratidão (ou como podemos mudar nossa realidade para melhor)

Olá pessoal,

Um dos meus filmes favoritos é o filme "A corrente do bem", lançado em 2000, alguém já assistiu? 

O filme conta a história de um menino chamado Trevor (Haley Joel Osment), que é desafiado pelo seu professor Eugene Simonet (Kevin Spacey) a fazer uma boa ação para três pessoas desconhecidas, com a única condição de que cada um dos beneficiados se comprometesse também a fazer uma boa ação para outros três estranhos, e assim por diante, numa verdadeira "corrente do bem"!  Na história, o que começou como um simples jogo escolar (pay it forward) toma proporções inesperadas e transforma a vida de várias pessoas, numa sucessão surpreendente de acontecimentos!

Trevor e a "corrente do bem"

Eu gosto muito desse filme porque ele fala do poder que cada pessoa possui de transformar a realidade à sua volta a partir de ações pequenas, que à primeira vista parecem insignificantes, mas que contribuem para criar uma espiral de positividade que afeta a todos. Ora, no filme, ao fazer uma boa ação para um estranho, Trevor fez com que aquela pessoa se sentisse melhor consigo mesma e fosse impelida a retribuir para outro desconhecido que, por sua vez, também foi contagiado por essa onda de positividade e agiu de forma positiva com mais alguém, e assim sucessivamente...

Essa ideia está presente nos estudos da Psicologia Positiva que mencionei no meu post Espresso com chantilly: Saindo da crise, que fala sobre o efeito contagioso das emoções positivas, as quais ampliam a percepção do indivíduo, o levam a pensar de forma mais flexível e a vislumbrar novas possibilidades de ação. Quem se sente bem consigo mesmo tende a fazer mais boas ações para quem está ao seu redor, num círculo virtuoso!

No filme, o desafio é fazer o bem para pessoas desconhecidas, o que teve um enorme impacto na vida daquelas pessoas! Agora imagine, caro leitor, o efeito que isso poderia ter nas nossas relações cotidianas com nossa família, amigos, colegas de trabalho, prestadores de serviço?

Pequenas ações como desejar "bom dia" para a zeladora do prédio, oferecer uma carona a um colega que utiliza o transporte público, convidar um amigo para almoçar e pagar a conta, lavar a louça antes de seu parceiro (a) pedir, se oferecer para cuidar do animal de estimação de um parente que vai viajar, visitar seus avós e passar um tempo de qualidade com eles, escutando com atenção as histórias de antigamente... as possibilidades são inúmeras!

Desafio você, meu querido leitor, a fazer uma boa ação para alguém que faz parte da sua vida e me contar o resultado! Como aquela pessoa reagiu? E você, como se sentiu? Houve alguma mudança significativa nos seus sentimentos nos dias seguintes à sua boa ação?

Eu acredito, de coração, que todos somos responsáveis pelo mundo em que vivemos! Então, vamos fazer a nossa parte e agir de maneira mais positiva com todos a nosso redor, para criar uma "corrente do bem" e transformar a nossa realidade!

Beijos!

sábado, 19 de março de 2016

SUP no Lago Paranoá!

Olá pessoal!

Hoje vou dar a dica de um programa para quem mora em Brasília e curte praticar esportes em contato com a natureza - fazer SUP (stand up paddle ) no Lago Paranoá!




Existem vários clubes que oferecem a modalidade na capital, mas gostei muito da estrutura e organização do clube Katanka, localizado no Setor de Clubes Sul, Trecho 4, ao lado do Clube de Golfe.

Pra começar, você pode reservar sua prancha diretamente através do site do clube, garantindo que irá remar no horário escolhido, sem precisar esperar em filas! No meu caso, escolhi logo o primeiro horário da manhã (8:30 - 10:00 h), para evitar o sol forte e pegar o lago mais calmo, com menos movimentação de barcos e lanchas, o que faz toda a diferença para evitar quedas indesejadas! 

Após fazer a reserva pelo site, recebi a confirmação no meu email com o horário e equipamento escolhido. O clube oferece equipamento de excelente qualidade; há pranchas mais estáveis para iniciantes e outras para praticantes mais avançados, e os remos possuem regulagem de altura, o que é essencial para facilitar a remada. O preço do aluguel é quarenta reais, para uma hora e meia de SUP.

No dia escolhido, cheguei cedinho para remar e curtir o visual! É uma ótima forma de fazer exercícios e relaxar em contato com a natureza!


Como o tempo de SUP é de uma hora e meia, você pode remar, descansar ajoelhado, sentado, ou até deitado na prancha, conversar, e aproveitar a vida ao ar livre, que é tão favorecida por esse clima ensolarado de Brasília!

E vocês, queridos leitores, já entraram na onda do SUP?

Beijos!

sábado, 12 de março de 2016

10 passos para uma casa organizada e uma vida mais feliz

Olá pessoal!

Hoje vou falar do livro da Marie Kondo - "A mágica da arrumação: a arte japonesa de colocar ordem na sua casa e na sua vida", que propõe uma técnica radical de organização para reduzir de forma definitiva tudo aquilo que mantemos em nossas casas e viver uma vida mais feliz.



Mas como fazer essa mágica?

1. Decida ser organizado.
- Descubra qual é a sua motivação para viver em uma casa mais organizada.

2. Dedique um momento único para organizar tudo de uma vez.
- Não adianta arrumar aos poucos, a organização deve ser radical para produzir efeitos.

3. Recolha todos os objetos espalhados pela casa.

4. Separe os objetos por categoria: roupas; livros; papéis; itens variados e itens de apego emocional.
- Não organize as coisas por cômodo, pois é comum guardar as mesmas coisas em lugares diferentes da casa.

5. Descarte tudo aquilo que não te faz feliz.
- Analise cada objeto a partir da seguinte reflexão: manter esse objeto na minha vida me trará alegria ou ele já cumpriu sua função?

6. Mantenha somente aquilo que te representa hoje.
- Mantenha somente aqueles objetos que estão intimamente relacionados aos seus valores e padrão de vida atual.

7. Guarde cada coisa em seu lugar.
- Após descartar aquilo que não lhe faz mais feliz, guarde os objetos remanescentes em locais previamente definidos na casa.

8. Mantenha a organização.
- No dia-a-dia, guarde as coisas imediatamente após seu uso.

9. Valorize aquilo que você tem.

10. Se dedique àquilo que você realmente gosta.
- Manter somente aquilo que nos traz felicidade desperta a consciência dos nossos valores e paixões, e sobra mais tempo e entusiasmo para se dedicar àquilo que realmente gostamos.

Eu adorei as ideias da autora, principalmente porque ela propõe a valorização de cada objeto a partir do seu significado para cada pessoa, ou seja, ter algo só faz sentido se estiver relacionado ao seu estilo de vida e aos seus valores. Em outras palavras, não se deve ter somente para ostentar ou acumular!

Acredito que a mensagem principal  do livro, tão essencial em tempos de excesso de consumo e materialismo, é reduzir, simplificar e valorizar o que temos, para vivermos mais felizes!

Quem diria que ter uma casa e uma vida mais organizada poderiam fazer tanta diferença?

Beijos,

sábado, 5 de março de 2016

Bike Brasília - vamos pedalar!

Olá pessoal!

Hoje vou dar uma dica sobre como cuidar da saúde e do bolso em um programa saudável e barato - o programa Bike Brasília, que existe desde 2014 na capital federal e disponibiliza trinta estações por todo o Plano Piloto, cada uma com doze bicicletas para uso compartilhado. 

Para utilizar as bicicletas, basta fazer seu cadastramento no site do Bike Brasília, informando os seus dados e do  seu cartão de crédito para habilitar um passe anual, pelo valor de R$10,00 (dez reais). O próximo passo é se dirigir a uma das estações, localizadas no Plano Piloto, e usar o celular para liberar o acesso a uma das bicicletas, através do telefone 4003-9846 ou por meio de um aplicativo, disponível  para download na página  http://www.movesamba.com.br/appbikebrasilia/.

Para liberar, primeiro você digita o número da estação em que você está, o número da bicicleta escolhida e depois, é só aguardar a luz verde acender para retirar a bicicleta. Pronto, é só começar a pedalar!


Estação nº 01 - Memorial JK
Bicicletas na Estação

O passeio com duração de até 60 minutos não é tarifado. Acima disso, paga-se R$5,00 por cada hora de utilização. As bikes estão disponíveis todos os dias, de seis horas da manhã até meia-noite!

É uma forma prática de pedalar, sem precisar se preocupar com espaço para guardar a bicicleta em casa!

Para quem não tem muito costume de andar de bicicleta na rua ou sente-se inseguro com o trânsito, uma boa ideia é pegar uma bike na estação em frente ao Parque da Cidade e pedalar dentro do parque, ou ainda naquelas estações próximas ao Memorial JK, Palácio do Buriti e Centro de Convenções, e pedalar na ciclovia que fica no gramado central do Eixo Monumental!


Ciclovia - Eixo Monumental

Pedalar fortalece o corpo, relaxa a cabeça e, de quebra. ajuda a desenvolver um novo olhar para aquelas paisagens que estamos tão acostumados a ver da janela do carro! 

Já usei as bicicletas laranjinhas algumas vezes e recomendo!! Outras cidades como Rio de JaneiroAracaju, e São Paulo também aderiram à moda do uso compartilhado de bicicletas! E vocês, já experimentaram? O que acham da ideia?

Beijos!

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Projeto para a felicidade - qual o seu?

Olá pessoal,

Nessa minha busca por uma vida mais prazerosa, um dos meus livros favoritos é o "Projeto Felicidade", da autora Gretchen Rubin, alguém conhece?


Mãe de duas crianças, moradora de Nova Iorque e escritora, Gretchen percebe que, embora tivesse uma vida confortável, não era tão feliz o quanto julgava que deveria ser, motivo pelo qual resolveu iniciar um "projeto para a felicidade". Nesse projeto, ela definiu doze resoluções, uma para cada mês do ano, que ajudariam a alcançar a felicidade dentro de sua vida cotidiana, sem precisar fazer transformações radicais.

Assim, ela iniciou o mês de janeiro com o objetivo de ter mais vitalidade, a partir de decisões prosaicas como dormir mais, se exercitar e organizar a bagunça dentro de casa; em fevereiro, buscou melhorar seu casamento ao brigar de forma construtiva e não esperar por elogios; em março, se desafiou a melhorar sua forma de trabalhar, ao criar um blog e aprender a pedir ajuda e, assim por diante... A cada mês, ela buscava cumprir uma nova resolução que a estimulava a viver de forma mais feliz no presente.

Em dezembro, Gretchen percebeu que havia encontrado sua "fórmula pessoal para a felicidade", resumida pela equação adicionar atividades que fazem bem + agir conforme suas convicções - eliminar comportamentos que geram sentimentos negativos = mais felicidade!

No caso da autora, ela se sentiu mais feliz ao evitar atitudes como falar sem pensar, fofocar, acumular entulho e comer comida processada em excesso, comportamentos que a faziam se sentir mal consigo mesma; ao adicionar atividades que lhe faziam bem, como escutar música e se divertir com a família; e se dedicar a coisas que acreditava serem corretas, como, por exemplo, se envolver com campanhas de doação de órgãos.

Todas essas atitudes criaram mais felicidade na medida em que transformaram a visão que ela tinha de sua própria rotina, que deixou de ser uma mera repetição de hábitos e reclamações para se tornar verdadeira oportunidade de crescimento pessoal, com novos desafios a cada dia!

Achei a ideia de ser mais feliz no dia-a-dia inspiradora, pois também acredito que a felicidade não pode estar associada somente a grandes conquistas ou transformações, como ganhar uma promoção, comprar um apartamento, um carro, ter um filho! Ela deve ser uma atitude diária, que exige uma mudança na forma como vemos nossa rotina e nossos relacionamentos!

Assim como a autora fez no livro, esse ano de 2016 tem sido meu ano de colocar ideias em prática, para aproveitar o presente e ser feliz agora. Para isso, estou aprendendo a não criar expectativas e a reclamar menos, passei a caminhar ao ar livre e a frequentar uma igreja, me desafiei a aprender um novo idioma, criei esse blog, só para citar algumas coisas que estou fazendo!

Claro que essa é uma lista muito pessoal, pois aquilo que me faz feliz pode não fazer nenhum sentido para outra pessoa, pois minhas resoluções estão relacionadas aos meus valores e às minhas características. Nesse sentido, me parece que cultivar a felicidade é também se conhecer melhor, o que é essencial...

E, vocês, queridos leitores, quais suas resoluções para seu "projeto para a felicidade em 2016"?

Beijos!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Comemorando um mês - Brou´ne!

Olá pessoal,

Hoje o nosso querido blog " Espresso com Chantilly" faz um mês!!

De lá para cá, já foram nove posts, tratando de assuntos tão diferentes como a discussão sobre o jeitinho brasileiro, a exposição ComCiência no CCBB,  a dica de filme no Cine Drive-In, como ser turista na própria casa, como viver no presente, só para citar alguns! 

Quem acompanha o blog desde o início já deve ter percebido que a minha ideia é mesclar posts mais reflexivos e críticos com dicas de programas bacanas em Brasília, espero que estejam gostando!

Também estreamos nossa página no Facebook para facilitar a divulgação e os comentários dos leitores! Não deixem de compartilhar os posts que gostaram e de comentar, seja na página do blog ou do Facebook!

Nesse clima de comemoração, minha dica é para adoçar a tarde... que tal um delicioso espresso com brownie quentinho para aquela pausa merecida? Um dos meus lugares preferidos em Brasília para me deliciar com essa dupla imbatível é a confeitaria Brou´ne, localizada na CLSW 301, bloco C, no Sudoeste.

Decoração da mesinha

Vitrine

Na minha última visita, meu pedido foi um espresso suave com um brownie "Twix", que chega quentinho à mesa e tem o tamanho ideal para adoçar o paladar, mas sem comprometer a balança! ; )



Sou super a favor de incluir momentos agradáveis ao longo da rotina, e vocês? Que atividades gostam de fazer para adoçar o dia a dia?
Beijos!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Jeitinho brasileiro

Olá pessoal!

Essa semana estreei a página do blog no Facebook! Não deixem de curtir a página e compartilhar os posts com seus amigos! A ideia é ter mais um canal de comunicação, além da página na Internet! ; ) 

Hoje vou falar de um dos meus livros preferidos, A cabeça do brasileiro, publicado em 2007 pelo cientista político Alberto Carlos Almeida, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). O livro apresenta os resultados de uma pesquisa estatística feita com 2.363 pessoas das cinco regiões do Brasil, as quais foram entrevistadas para identificar quais seus valores fundamentais em relação à corrupção, jeitinho brasileiro, papel do Estado, família, sexualidade, preconceito racial e política de cotas, entre outros assuntos. 




Os questionários partiram dos conceitos introduzidos pela obra de Roberto daMatta, antropólogo brasileiro que interpretou as relações sociais no Brasil e imortalizou a expressão "Você sabe com que está falando?", que seria o símbolo da hierarquização presente na sociedade brasileira, em contraposição às relações de igualdade vigentes nos EUA. 

Como explica Alberto Carlos Almeida, nos EUA, a desigualdade é transitória e contratual, justificada, por exemplo, na relação entre patrão e empregado. Fora dessa esfera, todos são considerados iguais e devem igual respeito às leis e normas vigentes. Já no Brasil a sociedade é eminentemente hierarquizada, o que significa que a posição e a origem social definem aquilo que se pode ou não fazer, e se a pessoa está acima da lei ou deve cumpri-la. A consequência dessa mentalidade é o enfraquecimento do respeito às leis e às normas, uma vez que elas podem ser descumpridas por vários motivos, em razão da posição social do "infrator" (você sabe com quem está falando?) ou de uma situação excepcional que autoriza um tratamento diferenciado (jeitinho).

De acordo com a pesquisa, ao serem perguntados "se alguma vez na vida o entrevistado já havia dado um jeitinho para alguém", "se alguma vez na vida o entrevistado já havia pedido para alguém dar um jeitinho a seu favor" e "se alguma vez na vida o entrevistado já havia dado um jeitinho", cerca de dois terços dos entrevistados responderam já ter utilizado o "jeitinho" para resolver alguma situação.

O jeitinho seria aquela zona cinzenta entre o certo e o errado, em que o contexto e as circunstâncias autorizam "quebrar" regras para que determinadas pessoas sejam beneficiadas. Algumas situações identificadas  por parte dos entrevistados como jeitinho pela pesquisa foram "pedir a um amigo que trabalha no serviço público para ajudar a tirar um documento mais rápido que o normal", "alguém consegue um empréstimo do governo que demora muito a sair, porque tem um parente no governo" e "uma mãe que conhece um funcionário da escola passar na frente da fila quando vai matricular seu filho". 

Para o autor do livro, quanto maior a utilização desse meio-termo em uma determinada sociedade, maior a chance de existir grande tolerância com a corrupção, pois a concepção do que é certo e errado varia conforme a situação, ou seja, é circunstancial. 

Almeida também destaca que o "jeitinho" brasileiro pode ser visto positivamente, pois seria "uma estratégia de navegação social", necessária diante de um Estado altamente burocratizado e ineficiente que não confere acesso a direitos igualitários a todas as pessoas, possibilitando que essas pessoas conquistem direitos que não conseguiriam alcançar de outra forma. Também seria uma forma de romper com as relações sociais hierarquizadas, que determinam o que cada um pode conquistar.

A pesquisa sobre o "jetinho" comprova, empiricamente, que a base social brasileira está fundada na desigualdade. Para o autor, essa característica da nossa sociedade dificulta a consolidação da democracia no país, cujo fundamento é a igualdade. Em outras palavras, as crenças que permeiam o meio social também influenciam o meio político, o que significa que a evolução da mentalidade da população brasileira, através do acesso à educação, é essencial para a alteração do sistema político. 

Com certeza esse é um tema bastante provocativo, que não se esgota em um único post! Essa vinculação sugerida pelo livro entre as crenças e valores vigentes na sociedade brasileira e os reflexos no sistema político brasileiro me fez pensar, dentre outras coisas, que a máxima "cada povo tem o governo que merece" tem mais verdade do que gostaríamos...

E vocês, o que pensam sobre o "jeitinho"??